11 de dezembro de 2024

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Maria Inês Nassif, PH Amorim e Mino Carta debatem a mídia e o golpe

O golpe que depôs Dilma Rousseff e, junto a Michel Temer, alçou ao poder uma agenda de regressões brutais e de absoluto desmonte do país, teve participação importante do parlamento, que votou pelo impeachment, e também do judiciário, que o corroborou. Mas talvez nenhum papel tenha sido tão crucial como o jogado pela mídia monopolista, que pautou, insuflou e, desde então, vem sustentando a farsa golpista. Os jornalistas Mino Carta, Maria Inês Nassif e Paulo Henrique Amorim estarão no Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé (Rua Rego Freitas, 454, conjunto 83 – República – São Paulo/SP), no dia 15 de maio, para discutir o tema. Para participar do debate, que tem início às 19h, basta preencher a ficha de inscrição aqui. A entrada é franca. 

Além da discussão sobre a centralidade dos grandes meios de comunicação no golpe, também haverá o lançamento do livro Enciclopédia do Golpe Vol. 2 – O Papel da Mídia (Ed. Praxis). Organizado por Mirian Gonçalves e com a coordenação de Giovanni Alvez, Miguel do Rosário, Wilson Ramos Filho e a própria Maria Inês Nassif, que integra a mesa de debate, o livro compila 28 verbetes que exploram o tema. Conforme explica Maria Inês Nassif no prefácio da obra, a proposta da publicação é contribuir para evitar que as gerações futuras dependam apenas do arquivo da imprensa comercial para estudar o período, sob risco de consolidar a visão única imposta pelo monopólio midiático como se tudo tivesse transcorrido dentro da normalidade.

Já Mino Carta destaca, em seu preâmbulo ao livro, que desde a campanha vitoriosa de Dilma Rousseff, em 2014, a mídia passou a esmerar-se em redobrar a agressividade de sua manipulação. Para o diretor de redação da Carta Capital, além de erguer as pontes para o sucesso da aliança entre a Justiça e os poderes da República, a midia aplaudiu a posse de Michel Temer, apoiou a aplicação de sua agenda neoiberal e “ofereceu a ribalta aos inquisidores de Curitiba e Porto Alegre em busca de glória na montagem de um processo que contradiz as regras mais elementares da Justiça praticada em países democráticos e civilizados”.

 

Confira a lista dos verbetes que compõem o livro e seus respectivos autores:

  • Agência Lava Jato, Paulo Moreira Leite
  • Comunicação pública, Laurindo Lalo Leal Filho
  • Constituição midiática, Rogerio Dultra dos Santos
  • Diários nacionais, Fernando Antônio Azevedo
  • Fake news, Camilo Vannuchi
  • Falso consenso, Miguel do Rosário
  • Fascismo, Bajonas Teixeira de Brito Junior
  • Fotografia, Lula Marques
  • G de golpe, Rodrigo Vianna
  • Grupo RBS, Marco Weissheimer
  • Imperialismo, Francisco Sierra Caballero
  • Manchetes, Olímpio Cruz Neto
  • Mercado, Francisco Fonseca
  • Misoginia, Eleonora Menicucci e Júlia Martim
  • Não regulamentação, Tarso Cabral Violin
  • Ódio à arte, Christiele Braga Dantas
  • Organizações patronais, Renata Mielli
  • Pacto das tevês, Altamiro Borges
  • Partidarismo midiático, João Feres Júnior
  • Reacionarismo em rede, Sandra Bitencourt
  • Redes sociais, Emerson U. Cervi
  • Revistas semanais, Frederico de Mello Brandão Tavares
  • Sequestro do jornalismo, Frederico Füllgraf
  • Telejornais, Bia Barbosa
  • Terrorismo econômico, Bruno Santos
  • Vocação golpista, Paulo Henrique Amorim
  • Voz de deus, Elson Faxina
  • Vozes dos donos, Patrícia Cornils

A atividade terá transmissão ao vivo pelo Barão de Itararé. Acompanhe pela página: facebook.com.br/baraomidia