A imprensa internacional segue repercutindo o escândalo de corrupção no enfrentamento da Covid-19 no Brasil. O jornal britânico The Guardian destaca nesta sexta-feira (2) que cresce a pressão “para exigir a remoção de Bolsonaro do cargo após relatórios incendiários sobre acordos supostamente corruptos para adquirir vacinas”.
O correspondente do diário, Tom Phillips, escreve que “Jair Bolsonaro está mergulhado no momento mais traiçoeiro de sua presidência, já que o líder brasileiro enfrenta um escândalo de bola de neve sobre supostos acordos corruptos de vacinas da Covid e o aumento da fúria pública por sua gestão de uma epidemia que matou mais de meio milhão de pessoas”.
Por Altamiro Borges
Já o jornal espanhol El País publica mais um petardo da jornalista Eliane Brum. “Bolsonaro pode ter matado e roubado ao mesmo tempo”, é o título da coluna. “Como viver sob o domínio de um presidente suspeito não só de ter espalhado o vírus, mas de ter vacinado em atraso em nome de um esquema de corrupção?”.
E o diário francês Le Monde traz na edição impressa outra porrada: “O presidente é acusado de ‘prevaricação’ por parte da oposição ou de não cumprimento das suas funções de chefe de Estado… Ele gosta de se apresentar como o campeão da luta contra a corrupção. Um capitão valente, simples e honesto, lutando contra as elites ‘ladras’ de Brasília. Mas a imagem de Jair Bolsonaro está seriamente manchada. O presidente do Brasil agora está envolvido em uma série de escândalos de peculato, envolvendo a compra de vacinas contra a Covid-19”.
“Bolsonaro merece o impeachment”
Um dia antes, na quinta-feira (1), o “superpedido” já havia sido destaque em outros veículos internacionais. A agência Reuters, que despacha para centenas de jornais e sites, apontou que a denúncia de propina na compra de vacinas seria incluída no pedido de impeachment feito por partidos da oposição e várias entidades populares. A Associated Press também destacou as novas denúncias de corrupção no Brasil.