O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) entendem como muito positiva a decisão do governo brasileiro de reconhecer o jornalista Vladimir Herzog como anistiado político, quase 50 anos após o seu assassinato por agentes do Estado durante a Ditadura Militar (1964-1985).
Por Redação/ SJSP
A decisão, publicada no Diário Oficial da União na última terça-feira (18 de março), assegura a reparação econômica vitalícia para Clarice Herzog, viúva do jornalista Vladimir Herzog, que havia conquistado esse direito por meio de uma liminar expedida pela 2ª Vara Federal Cível do Distrito Federal.
Nossas entidades sindicais entendem que tal reconhecimento, mais do que um mero simbolismo, representa a continuidade da luta por justiça ao assassinato de Herzog. Até o momento, não houve investigação e responsabilização dos autores desse crime.
Ao lado de entidades jornalísticas e de direitos humanos, como o Instituto Vladimir Herzog, o Sindicato dos Jornalistas organizará atividades ao longo de 2025 para que a necessidade de reparação aos crimes cometidos contra Herzog e a outros milhares de brasileiros e brasileiras vítimas da ditadura militar não caiam no esquecimento.
Em um momento em que há tanto debate sobre “anistia” a pessoas que defendem os golpes do passado e tentaram liquidar a democracia em nosso presente, é necessário que esse termo não se esvazie de seu real significado. Ao considerar Vladimir Herzog como anistiado político, o governo brasileiro reconhece que o jornalista foi perseguido, torturado e assassinado pelo Estado por motivações políticas.
Exigimos o fim da impunidade! Punição para golpistas, torturadores e assassinos do passado e do presente!