22 de novembro de 2024

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No 11 de julho, SP terá o 1º Grande Ato contra o Monopólio da Mídia


Na quinta-feira (11), dia em que as centrais sindicais promoverão greves e paralisações em todo o país, o movimento pela democratização da comunicação promove o 1º Grande Ato Contra o Monopólio na Mídia, em São Paulo. A atividade ocorrerá em frente à sede da Rede Globo, a partir das 17h. O ato é o produto de duas assembleias populares (incluindo uma ‘aula pública’ sobre democracia na mídia) realziadas no vão do MASP, na capital. 

Confira a convocatória do ato, publicada em evento no Facebook:

QUEM SÃO OS DONOS DA MÍDIA?
Concentração: Praça General Gentil Falcão, ao lado da estação Berrini de trem, a partir das 17h [obs: a CPTM estará funcionando à tarde]

POR QUE UM ATO NA FRENTE DA GLOBO?

MONOPÓLIO
O cenário na televisão brasileira é de quase monopólio. Na TV aberta, a Globo controla 73% das verbas publicitárias, embora tenha 43% da audiência. A Globosat participa de 38 canais de TV por assinatura e tem poder de veto na definição dos canais da NET e da SKY, que juntas controlam 80% do mercado. No Rio de Janeiro, o grupo controla os principais jornais, TVs e rádios, situação que seria proibida nos Estados Unidos e em vários países da Europa, onde há regulação democrática da mídia.
#OcupeaMidia

PROMISCUIDADE POLÍTICA
Várias das afiliadas da Globo pelo Brasil são controladas por políticos de direita envolvidos em inúmeros escândalos. A família Sarney controla a TV Mirante (GLOBO) no Maranhão e Fernando Collor controla a Gazeta (GLOBO) em Alagoas. A Globo construiu seu império a partir da relação promíscua com o regime militar, que lhe garantiu o acesso a toda a estrutura da Telebrás e a expansão nacional do seu sinal.
#GloboSemBigode
#GloboSemCollor

CORRUPÇÃO
A corrupção é marca da Globo desde a fundação. Seu crescimento na década de 60 se deu a partir de um acordo técnico ilegal com o grupo Time-Life, que mereceu uma CPI, mas foi abafado. Recentemente, veio à tona uma operação fraudulenta da empresa para sonegar impostos na compra dos direitos de exibição da Copa do Mundo de 2002. Além disso, a empresa vende espaços editoriais para divulgação de filmes e artistas, numa verdadeira grilagem eletrônica que a faz absorver recursos incentivados do cinema nacional.

MANIPULAÇÃO
A emissora opera como um partido político, direcionando o noticiário jornalístico a partir de suas opiniões conservadoras (seu ‘programa político’) e buscando definir a agenda pública a partir de entrevistados que têm visões alinhadas. A mudança na abordagem dos protestos simboliza bem a transição entre a deslegitimação e a tentativa de cooptação a partir de sua própria pauta. Momentos grosseiros de manipulação, como o das diretas já ou a eleição de Collor, ainda existem, mas perdem espaço para uma manipulação mais sutil, sofisticada e cotidiana.

Da redação