Com ares de gestor impoluto acima de qualquer suspeita e tom de vítima, Sergio Moro deixou o cargo de ministro da Justiça. A Rede Globo, sua sócio desde os primórdios da Operação Lava Jato, lustrou a auréola do santo. Nenhuma palavra sobre seu currículo marcado por condenações políticas e movidas por conluios com promotores.
Segundo o professor Laurindo Leal Filho, o Lalo, em sua análise para o #DeOlhoNaMídia desta terça-feira (28), depois de apostar em nomes fracassados como José Serra, Geraldo Alckmin e Aécio Neves, a Globo agora joga suas fichas em Moro. Como disse um dia o saudoso jornalista Paulo Henrique Amorim sobre o ex-ministro, “a Globo agora tem um presidente para chamar de seu”. A profecia pode se realizar.
A popularidade do ex-juiz foi conquistada graças à mídia amiga e, como viu-se nesta mesma mídia nos últimos dias, a campanha parece já ter começado. Falta tempo para 2022 e há muita coisa para acontecer. Mas vale a reflexão.