O bilionário excêntrico Elon Musk, dono do X, da Tesla e do SpaceX, está deslumbrado com seu novo carguinho no governo neofascista de Donald Trump. Durante a cerimônia de posse desta segunda-feira (20), ele explicitou novamente as suas simpatias criminosas. Por duas vezes, o novo Secretário de Eficiência Governamental dos EUA fez o gesto de saudação nazista utilizado por Adolf Hitler e seus fanáticos seguidores. Com fervor, ele estendeu o braço direito com a palma da mão virada para baixo.
Altamiro Borges
O gesto repercutiu na imprensa internacional e chocou o mundo. O jornalista Owen Jones, do britânico The Guardian, foi incisivo: “Isso honestamente não poderia parecer mais com a saudação nazista”. Até o jornal israelense Haaretz descreveu o gesto como uma “saudação romana”, historicamente vinculada ao fascismo e ao nazismo, e afirmou que a atitude “não deixa margem para interpretações ambíguas, dada a celebração de um presidente frequentemente acusado de flertar com o autoritarismo”.
Apoio ao partido neonazista da Alemanha
Nas redes sociais, o vídeo viralizou e Elon Musk foi alvo de duras críticas e ácidos memes. “O que você esperava de um homem que nasceu e cresceu no Apartheid na África do Sul”, ironizou um internauta. Outros lembraram que recentemente Elon Musk participou de uma live com Alice Weidel, candidata do AfD, partido associado ao neonazismo, ao cargo de chanceler da Alemanha nas eleições que ocorrerão em fevereiro. O empresário chegou a dizer que “somente o AfD pode salvar a Alemanha”.
Numa reação bastante branda, o Instituto Brasil-Israel também criticou o comportamento do ricaço em uma postagem em suas redes: “Quando falava no comício de celebração de Donald Trump, Elon Musk pareceu concluir o discurso com uma ‘saudação romana’, gesto comumente associado à Alemanha nazista, onde vinha acompanhado da expressão ‘Heil Hitler’. O gesto é usado pela extrema-direita em todo o mundo, particularmente na Itália”.