Por Altamiro Borges*, em seu blog
O “Pixuleco” – o boneco inflável que exibe o ex-presidente Lula com roupas de presidiário – não está agradando. Na sexta-feira (28), ele foi furado por manifestantes antifascistas em frente à sede da prefeitura de São Paulo. Já no domingo, ele teve que ser esvaziado às pressas na Avenida Paulista. Os donos do boneco – que até agora não apresentaram a nota fiscal da obra de 15 metros de altura, mas apenas revelaram que ela custou R$ 12 mil e foi financiada por “empresários alagoanos” – talvez algum usineiro metido em trabalho escravo ou algum sonegador de impostos -, tiveram que deixar o local aos gritos de “fascistas”, “golpistas” e outros adjetivos impublicáveis.
O próprio site G1, pertencente à famiglia Marinho – que transformou o “Pixuleco” em celebridade nos vários veículos da Globo – registrou a patética cena: “Organizadores do ato com o boneco inflável do presidente Luiz Inácio Lula da Silva vestido de presidiário decidiram terminar o protesto de domingo (30) na Avenida Paulista antes do horário pretendido depois que um grupo de apoiadores do governo foi à avenida para confrontar a manifestação. O boneco foi inflado às 11h e seria desmontado às 15h, mas o tumulto fez os organizadores mudarem de ideia. O boneco foi esvaziado às 13h55”, informou a jornalista Gabriela Gonçalves.
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Ainda segundo a matéria – que não esconde o apoio aos grupelhos fascistas que obraram o Pixuleco -, “os petistas comemoraram quando o boneco foi esvaziado e gritaram o nome de Lula. ‘Era para ficar mais tempo, mas não queremos conflitos’, disse Heduan Pinheiro, 34 anos, integrante do movimento Brasil Melhor e é um dos responsáveis por trazer o boneco para Avenida Paulista. ‘Vamos encerrar em respeito aos cidadãos. Vimos que em São Paulo não dá para se manifestar livremente. Mas se voltarmos a nos manifestarmos aqui, estaremos muito mais preparados’, completou”.
De relance, a reportagem do G1 – “o portal de notícias da Globo” – informa que os organizadores “levaram grades e contrataram seguranças particulares para proteger o boneco” – mas não diz o valor e nem os financiadores. O esforço é para apresentar os donos do Pixuleco como vítimas de agressão. No seu final, sem maior alarde, apenas registra que “o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foi abordado por manifestantes antigoverno no início da tarde deste domingo na Avenida Paulista. Cardozo caminhava na avenida com um outro homem quando passou a ser xingado e vaiado”. De fato, os sinistros financiadores do Pixuleco são “fascistas civilizados”, cheios de amor no coração!
*Altamiro Borges é presidente do Barão de Itararé