O deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), um típico miliciano que ganhou fama ao destruir a placa da vereadora assassinada Marielle Franco, foi preso em flagrante pela Polícia Federal na noite desta terça-feira (16) por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O bolsonarista havia postado mais um dos seus vídeos asquerosos contra a democracia brasileira, xingando magistrados, pedindo o fechamento do STF e a volta do AI-5 – o Ato Institucional mais fascista da ditadura militar.
Por Altamiro Borges
O inquérito policial contra o deputado
Conforme lembra o despacho do ministro do STF, o bolsonarista Daniel Silveira é acusado de promover atos contra a democracia “através de estruturas e financiamentos destinados à mobilização e incitação da população à subversão da ordem política e social, bem como criando animosidades entre as Forças Armadas e as instituições”.
Ainda segundo Alexandre de Moraes, “as condutas criminosas do parlamentar configuram flagrantes delitos, pois verifica-se, de maneira clara e evidente, a perpetuação dos delitos, uma vez que o referido vídeo permanece acessível a todos os usuários da rede mundial de computadores”.
A democracia sob risco
Logo após sua prisão na região serrana do Rio de Janeiro, Daniel Silveira ainda voltou a desafiar o Supremo. Ao lado dos agentes da Polícia Federal, ele postou mensagens em suas redes sociais debochando de Alexandre de Moraes e garantindo que logo será solto. Já na sede da Polícia Civil na capital, ele agrediu verbalmente uma policial que exigiu que ele colocasse máscara sanitária.
Se o deputado miliciano e fascista Daniel Silveira não for exemplarmente punido – mantido na cadeia por algum tempo e com o seu mandato cassado sem dó nem piedade pela Câmara Federal –, a extrema-direita nativa vai ficar ainda mais ouriçada, excitada. Como ele mesmo prometeu no vídeo, os fascistas e milicianos darão “surras nas ruas”. A democracia será refém dessa horda bárbara.