A onda de vandalismo em Brasília nesta segunda-feira (12), dia da diplomação do presidente Lula pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), repercutiu com intensidade na imprensa estrangeira. O terror bolsonarista serviu para desgastar ainda mais a imagem do “capetão” Jair Bolsonaro, que já é tratado com um paria pela comunidade internacional.
O diário estadunidense Wall Street Journal, por exemplo, destacou o confronto dos golpistas com a polícia. “A televisão brasileira e as redes sociais mostraram imagens de apoiadores de Bolsonaro tentando empurrar um ônibus de um viaduto e ateando fogo em carros. A polícia respondeu com gás lacrimogêneo. Não está claro quantas pessoas foram presas, se houve detenções, ou se alguém ficou ferido nos protestos perto de hotéis e prédios do governo”, afirma a reportagem.
Altamiro Borges
Já o jornal francês Le Figaro, que tem uma linha editorial direitista, registrou em tom crítico que “confrontos eclodiram na noite de segunda-feira, 12 de dezembro, em Brasília, entre policiais e partidários do presidente cessante Jair Bolsonaro, que exigiam a libertação de um líder indígena preso por incitar a violência ‘antidemocrática’”.
Destaque das agências internacionais de notícias
O espanhol El País denunciou que “ativistas de extrema-direita atearam fogo a veículos na capital brasileira no dia em que Lula foi ratificado pela justiça eleitoral como presidente do país”. E o jornal português Público reproduziu matéria da Folha apontando que “bolsonaristas tentam invadir Polícia Federal e vandalizam Brasília em dia de diplomação de Lula”.
O vandalismo foi destaque em todas as agências internacionais de notícias. A Associated Press, que despacha para mais de 6 mil sites do planeta, registrou as cenas de violência e a tentativa dos fascistas de invadir a sede da Polícia Federal. Já a Reuters, que tem suas matérias reproduzidas em 3,3 mil veículos noticiosos, relatou alguns confrontos.
“Testemunhas da Reuters viram apoiadores de Bolsonaro, muitos em suas camisas de futebol amarelas ou com bandeiras brasileiras, confrontando as forças de segurança na sede da polícia… A polícia disparou granadas de efeito moral e gás lacrimogêneo para dispersar a multidão. Ônibus e carros próximos foram incendiados”. E a France Presse distribuiu a notícia da violência, inclusive com a reprodução de vários vídeos.