O Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, a livraria Anita Garibaldi e a Fundação Maurício Grabois têm a satisfação de convidá-los para o lançamento do livro “BARATA, confissões”, primeiro romance do jornalista Bernardo Joffily, que ocorre nesta sexta-feira (25), na sede da livraria Anita Garibaldi, em São Paulo.
Joffily é o tipo de pessoa que costumamos qualificar como multitalentos: além de um longo histórico de contribuições para o jornalismo engajado, o autor também é escritor, historiador, tradutor, ilustrador e, nas horas vagas, ainda faz belas esculturas. E faz tudo isso com enorme talento. Este seu primeiro romance não foge à regra. É literatura das boas.
Por Claúdio Gonzalez
Publicado pela Kotter Editorial, o livro BARATA – Confissões traz “histórias e estórias”. Joffily assevera tratar-se de uma obra ficcional, “mas não de todo fictícia”. Inspirado em fatos históricos, ele ambienta sua narrativa da cidade do Natal (assim mesmo, com ‘do’, à moda antiga, como registrava Câmara Cascudo). A época dos acontecimentos é o final da década de 1830. Naquele período, as revoltas sacodem o Império, da Farroupilha gaúcha à Cabanagem amazônica, mas não nesta capital de província que é pouco mais que uma aldeia, sem cais, mercado ou cemitério. Ali desterraram, no fim da vida, o médico e jornalista ultrarrevolucionário Cipriano Barata.
“BARATA, confissões” surpreende o leitor ao resgatar de seu injusto esquecimento a figura singular de Cipriano Barata em suas múltiplas facetas: o rebelde, o nacionalista intransigente, o libertário, o jornalista pioneiro do fantástico e contestador jornal Sentinela da Liberdade. Mas ao envolver sua vida nos tecidos da ficção, como o próprio Barata o fazia, Bernardo Joffily o retrata em sua velhice. E o flagra num momento tão confessional como o de Bentinho de Dom Casmurro; e, assim como ele, procurando atar as duas pontas da vida.
Em oposição ao ilustre personagem, no entanto, Barata não está aposentado, nem tampouco entregue à casmurrice autocomplacente. Às turras com as limitações da idade, é assistido e emulado por um jovem e vigoroso escudeiro. Como um Dom Quixote com seu Sancho Pança, envolve-se em episódios históricos como o de Pedra Bonita, que, de José Lins do Rego a Ariano Suassuna, tanto inspirou nossa literatura modernista.
O lançamento que tira o autor Bernardo Joffily das praias de Floripa e o traz de volta a São Paulo acontece no próximo dia 25 de agosto, uma sexta-feira, a partir das 18h, na livraria Anita Garibaldi.
Serviço:
Lançamento do livro BARATA – Confissões de Bernardo Joffily
Data: 25 de agosto (sexta-feira)
Horário: a partir das 18h
Local: livraria Anita Garibaldi – rua Rego Freitas, 192 – República
O livro também está à venda no site da Anita.
