8 de outubro de 2024

Search
Close this search box.

Em iniciativa inédita, FNDC estreia programa de rádio sobre cidadania e direito à comunicação

 O primeiro episódio de Vozes pela Democracia vai ao ar ao meio-dia, na Rádio e TV Atitude Popular (web) de Fortaleza, rádios públicas e no site, Facebook e YouTube do FNDC; Canal do Barão de Itararé também fortalece a iniciativa

O primeiro programa de rádio do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) entrará no ar ao meio-dia da próxima sexta-feira (26/1). Produzido e exibido ao vivo, semanalmente, pela Rádio e TV Atitude Popular (web) de Fortaleza, a atração será retransmitida pelo site, Facebook e YouTube do FNDC e de suas entidades associadas, além de emissoras como a Mundial News do Rio de janeiro, e as rádios públicas Cultura FM de Brasília e Paulo Freire da Universidade Federal de Pernambuco.

O Vozes pela Democracia será apresentado pelo radialista José de Sousa Júnior, integrante do Conselho Deliberativo do FNDC (CE, PI, MA). Mesmo experiente, Sousa afirma que produzir um programa semanal de boa qualidade sem os recursos de uma grande emissora é um desafio. “Mas é também uma tarefa primordial para o movimento pela democratização da comunicação. Principalmente agora, com a Lei 14.812/24, que se não for derrubada ampliará ainda mais a concentração da radiodifusão nas mãos dos barões da mídia”.

Sousa destaca que o programa é resultado de um grande esforço da coordenação executiva do FNDC. “Não temos verbas e nem contamos com a simpatia dos grandes divulgadores, mas tomamos como urgente e indispensável essa iniciativa e contamos com o apoio da rede de rádios comunitárias de todo o país. É urgente trazer para a imensa audiência brasileira a questão da concentração na comunicação e como isso prejudica o entendimento das questões de interesse da classe trabalhadora”.

O coordenador-geral do Fórum, Admirson Junior (Greg), enfatiza que o programa é um marco na história do Fórum. “Este ano, completamos 34 anos de luta. Uma luta que começou antes da Constituição Federal e que se mantém viva porque defender democracia nas comunicações é defender a própria democracia”. Para Greg, lançar um programa próprio tem ainda mais significado político diante da promulgação da Lei 14.812/24. “Sem discutir com a sociedade e atendendo unicamente aos seus interesses, os empresários da comunicação e a bancada evangélica se articularam para ampliar seu poder de formar e manipular a opinião pública, então a nossa luta precisa se fortalecer e se ampliar mais do que nunca, portanto, esse nosso programa de rádio já nasce com essa missão arrojada de disputar espaço”.

Greg: lançar um programa próprio tem ainda mais significado político diante da promulgação da Lei 14.812/24

Greg: lançar um programa próprio tem ainda mais significado político diante da promulgação da Lei 14.812/24

Iniciativa precisa da adesão das entidades filiadas

A secretária de Comunicação do FNDC, Rita Casaro, também comemora o Vozes pela Democracia. “Estamos em plena articulação junto às nossas entidades filiadas para amplificar o conteúdo que o programa trará semanalmente. Nosso objetivo é trazer conhecimento e debates qualificados sobre a luta pela democratização da comunicação para uma audiência cada vez maior”.

Rita: “Nosso objetivo é trazer conhecimento e debates qualificados sobre a luta pela democratização da comunicação para uma audiência cada vez maior”.

Rita Casaro: “Nosso objetivo é trazer conhecimento e debates qualificados sobre a luta pela democratização da comunicação para uma audiência cada vez maior”.

Para ela, a iniciativa soma-se ao esforço de mobilizar todos os setores para esse tema que precisa ganhar adesão e participação. “Mais pluralidade e menos concentração na mídia são questões essenciais para que tenhamos avanços sociais no País. Portanto, essa luta é do interesse da população em geral, e não apenas dos estudiosos, especialistas e militantes dessa área”, completa.

Para manter e fortalecer o programa no ar, o FNDC disponibilizou um formulário para que os interessados possam formalizar sua adesão voluntária à iniciativa. “Em menos de um minuto os responsáveis pelas entidades interessadas informam se podem retransmitir o programa e contribuir financeiramente”, explica Rita.