Afiliada da Rede Globo no Maranhão, a TV Mirante protagonizou na edição do JMTV desta terça, um vexame ao entrevistar o candidato ao governo Flávio Dino (PCdoB). Controlada pela família Sarney, o veículo é o mesmo que no auge da campanha de 2014 perguntou, se eleito, Dino implementaria o comunismo no Estado.
Por George Marques, no Marrapá
Ao que se tem notícias, passado quatros anos o Maranhão continua capitalista, mas buscando distribuir renda que é predominantemente concentrada no norte do Estado, São Luís, enquanto o interior padece de recursos e cidades mingua ao sabor de programas sociais.
“Esse pessoal que deu o golpe político no Brasil é que tem que responder quanto ao crescimento da pobreza. A parte que cabe ao Estado temos feito. Política econômica é feita pelo Governo Federal”, afirmou Dino ao ser questionado sobre o aumento da pobreza no Maranhão, sem que os âncoras relembrassem a corresponsabilidade de governos anteriores.
Sendo o segundo estado mais pobre do Brasil e o menor rendimento mensal domiciliar per capita do país, R$ 597, nada no Maranhão resolver-se-á em um passe de mágica.
Na “casa” dos Sarney, Dino relembrou que a responsabilidade pelo crescimento da pobreza no Estado, decorreu do apoio que Roseana e o patriarca José deram ao impeachment da petista Dilma Rousseff.
Ambos estiveram em Brasília negociando mais votos favoráveis à retirada de Dilma da Presidência. Ao final da fatídica noite de abril de 2016, Roseana e o pai brindaram com o jornalista Ricardo Noblat, do O Globo, em sua mansão no Lago Sul.
“Eu disse que ia combater a pobreza. E temos combatido a pobreza. Os eleitores devem confiar porque o site G1, que é sediado aqui dentro dentro da Mirante, disse que eu sou o governador que mais cumpriu promessas no Brasil”, rebateu Dino.
A entrevista, mais um fiasco para a TV Mirante e que foi parar nos assuntos mais comentados do Twitter, falhou pelo despreparo dos jornalistas que confundiram o IDEB (Índice de Educação Básica) com o Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), pela falta de conteúdo e um passeio do governador sobre os entrevistadores.
A entrevista completa pode ser conferida no link abaixo.