Os meios de comunicação hegemônicos no Brasil martelam, cotidiana e exaustivamente, a necessidade indiscutível de uma agenda de “austeridade fiscal”. Defendem, em uníssono, uma agenda econômica que, na prática, tem condenado o povo brasileiro a serviços essenciais cada vez mais precários e desidratado instrumentos fundamentais para o bem-estar público, como o Sistema Único de Saúde (SUS) e a Previdência Social.
Para fornecer subsídios teóricos a quem deseja entender e enfrentar este debate, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, em parceria com a Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital (Fenafisco) e o Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual de Minas Gerais (Sindifisco-MG), realiza, entre os dias 1º e 25 de junho, o Seminário “Decifrando o economês e desmontando o mito da austeridade fiscal – Por que e como é possível revogar o teto de gastos, garantir direitos sociais e promover o desenvolvimento nacional”.
São oito aulas que serão ministradas a distância, via plataforma Zoom, às terças e sextas-feiras, durante o mês de junho, por palestrantes de alto nível e um formato bastante didático. A proposta da atividade é oferecer ferramentas e municiar jornalistas e comunicadores da mídia alternativa, popular e sindical, além de dirigentes, estudantes e demais interessados no tema, para a disputa de ideias na seara econômica e em torno de uma agenda para o desenvolvimento nacional.
As vagas são limitadas e as inscrições custam R$ 50, com direito a certificado de participação ao fim do Seminário. O prazo para a inscrição é 25 de maio e pode ser feita mediante preenchimento de formulário (clique para acessar) e pagamento da adesão clicando no botão a seguir.
Atualização: inscrições encerradas no dia 28 de maio
Programação
Palestra 1 – 1/6, 18h30 às 20h
Quem fica com o dinheiro? – Entendendo o orçamento da União
Leda Paulani – Professora da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (Fea/USP)
Palestra 2 – 4/6, 17h às 18h30
Dívida pública – Por que as finanças públicas diferem das pessoais e, na crise, o Estado deve gastar para gerar emprego e crescimento
Pedro Rossi – Professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pesquisador do Centro de Estudos de Conjuntura e Política Econômica (Cecon)
Palestra 3 – 8/6, 18h30 às 20h
O teto que engessou o Brasil – Impactos da Emenda Constitucional 95
Esther Dweck – Professora do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Palestra 4 – 11/6, 18h30 às 20h
Robin Hood às avessas – Como o sistema tributário tira dos pobres para dar aos ricos
Eduardo Fagnani – Professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e do Trabalho (Cesit)
Palestra 5 – 15/06, 18h30 às 19h30
Como funciona o tal mercado – Rentismo e o sobe e desce da bolsa
Eduardo Moreira – Engenheiro e economista, especialista em mercado financeiro, sócio- fundador do Instituto Conhecimento Liberta
Palestra 6 – 18/06, 18h30 às 20h
Ação estratégica pela cidadania – O papel dos programas de transferência de renda
Tereza Campello – Ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome no governo Dilma Rousseff
Palestra 7 – 22/06, 18h30 às 20h
O fator Petrobras – Desmonte, política de preços e importância da empresa para o desenvolvimento nacional
William Nozaki – Coordenador técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Zé Eduardo Dutra (Ineep) e professor de Ciência Política e Economia na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FespSP).
Palestra 8 – 25/06, 18h30 às 20h
Qual a alternativa viável? – Um modelo econômico sustentável e inclusivo para o Brasil
Luiz Gonzaga Belluzzo – Professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), foi secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda (1985-1987).