19 de setembro de 2024

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Barão de Itararé é lançado em Minas com debate sobre livros ‘fora da mídia’

Com o debate intitulado “Os livros proibidos” sobre obras que não ganham espaço na mídia tradicional como A Privataria Tucana, de Amaury Ribeiro Júnior, O Príncipe da Privataria, de Palmério Dória, e Desvendando Minas – Descaminhos do projeto neoliberal, organizado por Gilson Reis e Pedro Otoni, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa – Barão de Itararé oficializou o seu núcleo em Minas. O evento aconteceu no dia 8 de abril, no Teatro da Assembleia Legislativa de Minas.

Fonte: Sinpro MG

Fotos: Bruno Carvalho


O presidente do Centro de Estudos Barão de Itararé, Altamiro Borges, explicou que a entidade procura agregar jornalistas, blogueiros, acadêmicos, movimentos sociais e cidadãos que queiram discutir a importância estratégica da luta pela democratização da comunicação. “Se não ligarmos a luta pela democratização da comunicação com o movimento social brasileiro, essa luta não avança”, sentenciou.

O jornalista também destacou que a comunicação no Brasil é muito concentrada, dominada por sete famílias que não respeitam nem a Constituição. “Esse debate sobre a regulamentação está correndo o mundo, mas, infelizmente, no Brasil, esse tema não ganhou corações e mentes. O Barão de Itararé visa intensificar esse debate. Nesse sentido, é muito importante que ele se descentralize. Daí a nossa alegria de estar fundando esses núcleos regionais”, disse.

Fazem parte do coletivo de organização do Barão Minas as jornalistas Débora Junqueira, Lidyane Ponciano e Jaqueline Morelo, o professor Marco Eliel Santos de Carvalho e o ativista Thiago Moraes. “Entendemos que é necessário um espaço que faça um contraponto da mídia em geral e o Barão de Itararé será, aqui, esse ponto de resistência e reflexão”, disse Marco Eliel, que também é diretor do Sinpro Minas, uma das entidades que apoia a iniciativa.

Presente no debate, o jornalista Amaury Ribeiro Júnior, explicou que o seu livro mapeia as propinas pagas ao PSDB e o fracasso das privatizações. “Foi uma roubalheira muito grande. E muitas outras empresas não foram privatizadas graças à resistência de pessoas que lutaram até o final”, denunciou.

Gilson Reis, vereador e presidente do Sinpro Minas, também fez um resumo sobre o livroDesvendando Minas – Descaminhos do projeto neoliberal, que desconstrói a falácia do choque de gestão durante o governo Aécio Neves, mostrando que em vários aspectos a propaganda de eficiência de gestão alardeada pelos tucanos é um mito. “O legado é de um estado falido, com um caos em áreas sociais como na educação”, afirmou.

“Penso que um evento como esse, em Minas Gerais, onde há uma imprensa submetida aos interesses dos grupos econômicos e do poder político dominante, não só é necessária como definitiva para superarmos uma fase da democracia ainda muito restrita e construir um país democrático e soberano, em que as opiniões da sociedade possam ser debatidas sem censura”, disse Reis.

O autor de O Príncipe da Privataria, Palmério Dória, contou que o seu livro foi além das histórias registradas na imprensa sobre o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. “Sofri com o bloqueio e silêncio da mídia sobre o meu livro. Para se ter uma ideia, demoraram uma semana para reconhecê-lo, mas o livro está aí para quem quiser conhecer a verdade”, afirmou.

Os interessados em participar do Barão Minas, podem fazer contato pelo e-mail:baraominas@gmail.com ou pelo Facebook.