Barão participa de evento internacional sobre Internet e justiça no mundo digital

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O encontro Igualdade e justiça social no mundo digital - um diálogo interssetorial para uma agenda de justiça digital reúne 60 pessoas de 30 países e acontece em Bangcoc, capital da Tailândia entre os dias 25 e 28 de março.

A secretária-geral do Barão de Itararé e coordenadora geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, Renata Mielli, representa as duas entidades no encontro, promovido pela Just Net Coalition, Nosso Mundo Não Está à Venda e Foco no Sul Global.

“É um encontro de trabalho para discutir os impactos da digitalização na sociedade. A questão central não é apenas constatar que as novas Tecnologias de Comunicação e Informação estão transformando as relações econômicas, sociais, culturais e políticas, mas identificar os principais problemas que o avanço da digitalização está criando. E, neste sentido, o debate girou principalmente em torno da questão da comercialização e privatização dessa imensa quantidade de dados que está sendo coletada e utilizada para aumentar o poder econômico, a vigilância e o poder de estados e corporações, ao invés de estar sendo aplicado para melhorar a vida das pessoas e enfrentar problemas coletivos”, explica Renata.

Além de espaços para discutir temas mais globais envolvendo as novas formas de concentração econômica que a economia de dados está produzindo, a reunião promoveu painéis específicos para discutir os impactos dessa economia sobre as mulheres, sobre os trabalhadores, sobre agricultura e meio-ambiente, sobre a educação e sobre os meios de comunicação e a democracia.

A coordenadora do FNDC e secretária geral do Barão de Itararé destaca que “dentre os muitos pontos em comum que identificamos durante os debates estão a necessidade de se construir regulação das grandes plataformas monopolistas, de intensificar a discussão sobre a propriedade dos dados que estão sendo privatizados e comercializados no mundo. Esses dados não são das coorporações, eles pertencem às pessoas. E neste sentido é preciso compreender que há dados sendo coletados de forma privada sobre o meio-ambiente, sobre a dinâmica de transporte das cidades e estes dados não pertencem às empresas, são informações de interesse público, de interesse coletivo, e precisam ser regulados desta maneira. A inteligência que está sendo construída sobre o mundo a partir dos dados não pode ser privatizada para obter lucro econômico, elas precisam ser usadas para melhorar a vida das pessoas, otimizar recursos naturais e diminuir as desigualdades”.