Manuela D'Ávila: Eleições exigem que esquerda traduza ideias para o cotidiano do povo

Notícias do Barão
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Na noite desta quinta-feira (24), a entrevistada do quadro "Barão Entrevista" foi a pré-candidata à prefeitura de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, Manuela D'Ávila, que respondeu perguntas de jornalistas e comunicadores participantes do evento, transmitido ao vivo pelo canal do Barão no Youtube. 

Com mais de 15 anos de vida pública em cargos parlamentares, a gaúcha já foi vítima de mais de uma onda de disseminação de fakenews. A mais conhecida foi durante a eleição de 2018, quando foi vice na chapa presidencial comFernando Haddad (PT) e teve que conviver com ameaças e agressões por parte de grupos bolsonaristas, especialmente nas redes.

Por Claudia Rocha

"Quando eu saí para votar, no dia da eleição, tinha um tanque de guerra parado na minha porta logo cedo" e "Muitas pessoas não entenderam porque eu andava com a Laura pra cima e pra baixo na campanha, para além de uma questão política, também fiz isso para proteger ela, onde eu estava sabia que pelo menos havia segurança" foram alguns exemplos compartilhados por Manuela durante a entrevista sobre este período da campanha. No ano passado, para se aprofundar sobre o tema das mentiras espalhadas de forma organizada nas redes, a militante política, que é jornalista por formação, criou o Instituto "E Se fosse Você?". 

"Nossa turma ainda não entendeu que a Internet não é sobre comunicação apenas, é sobre organização, sobre uma nova dinâmica, sobre uma outra forma como a população enxerga o fazer política, de uma maneira muito mais horizontal", explica Manu, fazendo um comparativo de que mesmo o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ser um dos mais autoritários da democracia brasileira, as pessoas acabam enxergando o governo como se fosse horizontal, pela forma como eles fazem o uso destes mecanismos. 

Para o pleito de Porto Alegre, Manu D'Ávila está bastante esperançosa. E também não é para menos, ela lidera as pesquisas com uma folga de mais de 10 pontos entre o segundo candidato, com 21% das intenções de voto, de acordo com dados da RealTime Big Data, divulgados nesta terça-feira. "A população da cidade já me conhece de longa data, mas tenho esse ar de novidade porque estou concorrendo só com candidatos que já ocuparam o cargo", pontua. 

Com Miguel Rossetto (PT) como vice, importante aliança na atual conjuntura de acordo com Manuela, a chapa traz diversas propostas de reconexão de diálogo com a população  "Para esse próximo período o tema do trabalho terá que ser central, devido a urgência do nosso povo com a crise", explica. Ainda na relação de Manuela D'Ávila com o tema da comunicação, ela diz: "Comunicação pra nós sempre foi política, mesmo pequenos, nós sempre existimos, sempre defendemos a democratização da comunicação. Agora temos o desafio de traduzir a ameaça que o bolsonarismo representa". 

Assista ao papo na íntegra: