Na noite desta sexta-feira, o segundo ato contra o monopólio da mídia reuniu cerca de 600 pessoas em frente ao prédio da Rede Globo, no bairro do Brooklin, em São Paulo. O protesto transcorreu de maneira pacífica e com muita criatividade. Os manifestantes gritaram várias palavras de ordem em defesa da democratização da comunicação, voltaram a rebatizar a placa da ponte Octávio Frias de Oliveira com o nome do jornalista Vladimir Herzog, assassinado pela ditadura, e atiraram esterco num letreiro da emissora. “Devolvemos à Globo a merda que ela joga no povo brasileiro todo dia em seus telejornais”, explicou Juliane Furno, militante do Levante Popular da Juventude.
A segunda manifestação de protesto na Rede Globo foi organizada por inúmeras entidades, como o Levante Popular da Juventude, a Marcha Mundial das Mulheres, o Coletivo Intervozes e o Centro de Estudos Barão de Itararé. Cerca de 40 adeptos do Black Bloc também participaram. Duas faixas com as expressões “Fora Globo” e “Abaixo a Mídia Machista” foram desfraldadas da Ponte Estaiada. Segundo relato do setor de comunicação do Levante da Juventude, “os manifestantes protestaram contra o monopólio no sistema de comunicação eletrônica (TV e rádio), cobraram o cumprimento da Constituição que proíbe concessões a políticos e defenderam a democratização da mídia”.
“A Globo é o símbolo da ditadura da comunicação. Nossos protestos contra a Rede Globo colocam em pauta a necessidade da democratização da mídia, para acabar com o monopólio da informação e da cultura”, afirmou Thiago Pará Wender, diretor da União Nacional dos Estudantes (UNE). “A sonegação de impostos da Globo deixa claro que o ‘Criança Esperança’ é uma hipocrisia. A Globo é uma empresa corrupta, desviou mais de R$ 600 milhões do país, ao deixar de pagar impostos e multas. Se ela quisesse mesmo ajudar as crianças, a primeira atitude era pagar em dia seus impostos”, denunciou Juliane Furno.
Por Altamiro Borges, em seu blog