Em bate papo com o presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Altamiro Borges, o tema foi a relação estreita entre as políticas editoriais das grandes empresas de comunicação e o jogo político e econômico.
Para o jornalista, a partir do momento em que Gutenberg criou a prensa de tipos móveis, a imprensa já deixou de ser livre de interesses. E essa relação longínqua permanece até hoje firme e forte, com momentos de entrelaçamento maiores. “A mídia e a política não se separam”, comenta Miro.
No Brasil, seguimos essa tendência histórica. O apoio dos veículos tradicionais da mídia ao golpe militar de 64 é o grande exemplo desta relação perigosa, que levou tudo em consideração – exceto os interesses do povo. Na história recente de nosso país, houve avanços no segundo mandato do governo Lula, mas, segundo Miro, “Dilma parece não querer comprar essa briga”
Mesmo com a crise no modelo de negócio da grande imprensa, a credibilidade da informação veiculada pelas poderosas emissoras de TV e rádio e pelos jornais ainda existe entre a maioria da população. “Acredito que temos que ocupar o espaço de brecha que novas tecnologias trouxeram, mas nada vai mudar se não alterarmos a lógica; Temos que focar também na legislação”, ressalta o presidente do Barão de Itararé.
Para aprofundar o debate sobre a dupla “Jornalismo e Política”, o Barão de Itararé realiza um Ciclo de Palestras nos meses de março e abril. Sempre às terças-feiras, na parte da noite.