Fonte: Carta Capital
A complacência da mídia, seu escasso ímpeto em investigar as estripulias do tucanato paulista, pode até dar a impressão de que o esquema de superfaturamento e propina no metrô e nos trens metropolitanos em São Paulo é um escândalo menor. Não é. Longe dos registros burocráticos sobre o caso nos principais meios de comunicação, o processo continua.
A Justiça paulista ordenou o bloqueio de 282 milhões de reais em bens da multinacional Alstom e de três ex-funcionários da empresa e de Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Marinho é acusado de, em troca de propina, obter contratos sem licitação para a Alstom com empresas de energia estaduais durante o governo Mário Covas, de quem foi chefe da Casa Civil entre 1995 e 1997.
Já o TCE, do qual Marinho continua afastado por ordem judicial, julgou irregular a aquisição por 828 milhões de reais em valores atualizados de 16 trens da Alstom em 2007, durante o governo de José Serra. O Metrô considera os contratos regulares e pretende recorrer do julgamento.