Formado por mais de 40 entidades, dentre elas o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, o Comitê Brasileiro pela Paz na Venezuela publicou nota sobre as ameaças militares de Donald Trump em pleno período de mobilização mundial para o combate ao coronavírus (Covid-19). Na nota, as organizações brasileiras repudiam a presença militar estadunidense no mar do Caribe e questionam as razões do movimento do governo Trump, que já vem prejudicando gravemente o povo e a paz na Venezuela com suas sanções e bloqueios.
Leita a nota na íntegra:
NOTA EM REPÚDIO ÀS AÇÕES MILITARES NO MAR DO CARIBE
Comitê Brasileiro pela Paz na Venezuela repudia energicamente as declarações feitas por Donald Trump e seus funcionários nesta quarta-feira (1 de abril) de enviar navios e efetivos militares do Comando Sul dos Estados Unidos para o Mar do Caribe, próximo ao território venezuelano. Em meio a sua desastrosa postura frente a pandemia do Covid-19, que já configura uma crise humanitária com mais de 213 mil pessoas infectadas e 4,5 mil mortas só nos Estados Unidos, o governo Trump quer desviar a atenção pública para o deslocamento de tropas e equipamentos militares estadunidenses para uma suposta operação de combate ao narcotráfico e terrorismo no Caribe.
Desesperado e desgastado, Trump segue lançando mão de ações golpistas que promovem a desestabilização de regiões inteiras na tentativa de aumentar a sua popularidade em pleno ano eleitoral nos Estados Unidos. Ao mofado estilo macartista, o imperialismo estadunidense promove perseguições e ataques à soberania e autodeterminação dos povos, violando descaradamente a Carta das Nações Unidas.
Saudamos a manifestação da robusta estrutura do governo venezuelano no combate ao narcotráfico e ao terrorismo em colocar-se a disposição para qualquer cooperação e coordenação necessária para conter o avanço do narcotráfico e do crime organizado na região. Lembramos aqui que a própria vice presidenta da Venezuela, Delcy Rodríguez, denunciou na tribuna das Nações Unidas a localização exata de laboratórios de drogas em território colombiano, identificados graças ao serviço de inteligência bolivariano.
Em vez de promover a cooperação internacional e colocar a vida das pessoas em primeiro lugar, o governo Trump aposta na agressividade supremacista imperialista, promovendo um criminoso bloqueio econômico contra o governo eleito de Nicolás Maduro e o povo venezuelano, mobilizando uma das maiores operações militares dos Estados Unidos na região desde a invasão do Panamá em 1989.
Diante disso, o Comitê Brasileiro pela Paz na Venezuela e as entidades abaixo-assinadas repudiam energicamente as mentiras e calúnias proferidas pelo governo Trump, como também repudiam as ações militares no Mar do Caribe sob a desculpa de combate ao narcotráfico e ao terrorismo. Se querem combater o narcotráfico e o crime organizado, os Estados Unidos deveriam buscar soluções junto ao Estado colombiano, internacionalmente conhecido como o maior produtor de drogas do mundo.
#ForaImperialismo
#ForaTrump
#LasSancionesSonUnCrimen
#ConMaduroMeResteo
#PonerLaVidaAntesQueElCapital
São Paulo, 2 de abril de 2020.
ADESÕES
ORGANIZAÇÕES
- ACJM-RJ – Associação Cultural José Marti
- AFRONTE – Juventude Sem Medo
- CAL – Comitê Anti-imperialista General Abreu e Lima
- CCT – Célula Comunista de Trabalhadores
- CEBRAPAZ – Centro Brasileiro de Solidariedade Aos Povos e Luta Pela Paz
- Centro de Estudos da Mídia Alternativa “Barão de Itararé”
- CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil
- CMP – Central dos Movimentos Populares
- Coletivo Comunicação Popular do PT
- Coletivo Esquerda da Praça
- Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro
- Coletivo LGBT Comunista
- Coletivo Negro Minervino de Oliveira
- Comitê de Solidariedade aos Povos e pelo Socialismo (Ceará)
- Comitê Gaúcho em Solidariedade ao Povo Venezuelano
- Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos – Capítulo Brasil
- CONEN – Coordenação Nacional de Entidades Negras
- CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
- CUT – Central Única dos Trabalhadores
- Dentistas Pela Democracia
- FNL – Frente Nacional de Luta Campo e Cidade
- Foro de São Paulo
- Levante Popular da Juventude
- MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens
- MAM – Movimento Pela Soberania Popular na Mineração
- Marcha Mundial das Mulheres
- MMC – Movimento de Mulheres Camponesas
- Movimento Cultural de Olha na Justiça
- MPA – Movimento dos Pequenos Agricultores
- MST – Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
- PCB – Partido Comunista Brasileiro
- PCdoB – Partido Comunista do Brasil
- PT – Partido dos Trabalhadores
- UBM – União Brasileira de Mulheres
- UCP – Unión Campesina Panameña
- UJC – União da Juventude Comunista
- UJS – União da Juventude Socialista
- Unidade Classista
INDIVIDUAIS
- Acácia C. Reis de Andrade Brito
- Ana Carla Oliveira
- Carlos Messias Oliveira
- Geraldino Fraga
- Gilberto Miranda, Rio de Janeiro
- Jamil Murad, presidente do CEBRAPAZ
- Jeferson Miola, Instituto Idea
- João Evangelista Monteiro
- Jorge Branco, sociólogo e professor
- José Carlos Miranda, dirigente estadual PSOL-SP
- José Reinaldo Carvalho, Diretor do CEBRAPAZ
- Lúcia Capanema Álvares, professora da UFF
- Mariana Nepomuceno, professora (RJ)
- Mariliz Nery – Professora
- Mario Quiñones, Venezuela
- Milton Pinheiro, professor de história política da UNEB
- Mônica Valente, Secretária Executiva do Foro de São Paulo
- Pedro César Batista – jornalista DF
- Raul K. M. Carrion – historiador e presidente da FMG-RS/PCdoB
- Rita Buttes – Terapeuta Ocupacional, Funcionária Pública
- Sayid Marcos Tenório, escritor, Secretário Geral do Instituto Brasil Palestina IBRASPAL
- Socorro Gomes, presidenta do Conselho Mundial da Paz
- Tania de Martino Salim
- Wilfredo Silva