Será que até a Jovem Pan – também apelidada de Jovem Klan por suas posições ultradireitistas – vai abandonar o fascista Jair Bolsonaro? Na semana passada, o grupo midiático – que possui emissoras de rádio e TV e internet – divulgou um editorial intitulado “Compromisso com a democracia” com críticas incisivas às “falácias” e ameaças do presidente da República.
A corporação, que emprega raivosos bolsonaristas – como Augusto Nunes, Guilherme Fiúza e Rodrigo Constantino, entre outros capangas –, não menciona o nome do “capetão”, mas rechaça o seu golpismo. “Não há espaço para cortinas de fumaça que tiram o foco de debate sobre os temas de real interesse. Não há espaço para descredibilizar o processo eleitoral com falácias”, afirma.
Em outro trecho, o editorial alerta que “o compromisso daqueles que ocupam cargos públicos ou que almejam ocupá-los após as eleições deste ano deve ser o de defender o Estado democrático de direito, a independência entre os poderes e o de respeitar as instituições. Qualquer oposição a esses princípios não tem e não terá o apoio do grupo Jovem Pan”.
Será que é só mais um jogo de cena do dono da empresa, o oportunista Antônio Augusto Amaral de Carvalho Pinto, o Tutinha? Ou seria uma típica chantagem para conseguir mais verbas publicitárias e benesses do compadre Jair Bolsonaro? Será que seus colunistas-jagunços vão mudar de linha? Ou a emissora percebeu que “a incitação à violência” prejudica a economia, que “precisa de estabilidade, não de turbulências”? A conferir!
*Altamiro Borges é coordenador do Barão de Itararé
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