22 de novembro de 2024

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Fórum 21 lança abaixo-assinado e manifesto aos democratas

Pela vitória da resistência. Contra o Golpe. Eleições livres para um Brasil livre

Por Fórum 21

O Brasil vive hoje um momento dramático, certamente o mais dramático desde o final da ditadura militar. Há quatro anos, inconformadas com a derrota eleitoral, as forças conservadoras de nossa sociedade utilizaram todos os recursos para anular esse resultado e provocar a paralisia do governo até levá-lo a um impeachment. Rapidamente começaram a mostrar seu verdadeiro objetivo: o governo de ocupação impôs grandes derrotas ao povo. Atropelou direitos civis e democráticos, aboliu direitos sociais, abortou o desenvolvimento econômico e solapou a soberania nacional.

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Chegada a hora do julgamento popular, o que eles têm a mostrar é uma economia paralisada, com desemprego, inseguranças de todo tipo e o sentimento generalizado de ameaça a qualquer futuro promissor para o país. De resto, não se trata apenas do Brasil. Há sinais muito claros de estímulo externo a soluções de força em toda a América Latina, a começar pela Venezuela.

As forças conservadoras não têm o que oferecer aos cidadãos, conquistando apoio pelo voto. Agora, diante do derretimento das candidaturas “moderadas” da coligação golpista, esses interesses jogam todas as suas cartas em apoio ao que há de mais abjeto e perigoso no campo da política: uma candidatura não apenas conservadora, mas uma porta de entrada para um regime de terror, de ditadura com cores fascistas. Não apenas o capitão candidato, mas vários militares na ativa e na reserva têm indicado a preparação da opinião pública para uma saída fardada à crise política.

 Nesta eleição existem muitos candidatos, mas apenas dois lados. O lado do golpe e o lado da resistência, que hoje abriga três candidaturas diferentes, mas uma trincheira em comum.  

Coletivo de esquerda, de caráter suprapartidário, o Fórum 21 reitera o compromisso de empenhar-se pela unidade do campo democrático, seja qual for o candidato que o representará no segundo turno. Ainda que a maioria de seus integrantes tenha desde logo apoiado a chapa encabeçada por Fernando Haddad e Manuela D’Ávila. O que está em jogo, no momento, é mais do que uma presidência, é a própria sobrevivência de qualquer ambiente democrático.

Essa trincheira de unidade das forças de resistência precisa ter como objetivo grandes bandeiras de reconstrução do país:

– Revogação de todas as medidas antipovo do governo Temer. Chega de políticas de austeridade e desemprego para os debaixo e regalias para os de cima,

– Enfrentar o desmonte do Estado que tem devastado as políticas de educação e saúde, levando insegurança para os trabalhadores e suas famílias.

– Enfrentar a promoção do desenvolvimento e a redução das desigualdades, com a democratização da propriedade da terra, o acesso à moradia, à saúde, à educação e à segurança, em todas as suas dimensões.

– Retomar a soberania nacional sobre nossos recursos e nossos direitos. O petróleo é nosso, o Brasil é nosso. Chega de privatizar e desnacionalizar o patrimônio público.

– Colocar o Brasil de novo no cenário internacional, deixando a atitude de colônia submissa a que foi conduzida pela política externa vende-pátria do governo de ocupação.

Sob pena de serem engolidas pelo cerco conservador, as diferentes correntes progressistas estão quase condenadas a fomentar a organização de movimentos de base, nos locais de trabalho, nas escolas, movimentos sociais, comunidades. Não apenas para conquistar a presidência, mas para garantir um congresso responsável que apoie esse projeto. Não apenas para o combate eleitoral, mas para dar sustentação a mudanças políticas que o novo governo popular precisará implementar para desmontar o retrocesso já operado pelas forças do golpe. Um novo governo, que enfrente o estrago produzido pelo golpe e as ameaças já existentes de nova intervenção, precisa se apoiar na mobilização e no protagonismo popular. O Brasil tem que ser governado pelo voto e pela vontade do povo, não de ditadores, usem a farda dos generais, a toga dos juízes ou o monopólio da comunicação.

Agostinho Ramalho Marques Neto – Psicanalista e professor

Alexandre Hermes Dias de Andrade Santos – Jurista

Anivaldo Pereira Padilha – Presidente do Fórum 21

Aluisio Almeida Schumacher – Professor Ciências Sociais UNESP

Andrei Koerne – Professor de Ciência Politica da Unicamp

Antonio Carlos Lopes Granado – Economista

Antônio David  – Doutor em Filosofia da USP

Antônio David Cattani – Vice-Diretor do Instituto Justiça Fiscal

Antonio Lassance – Cientista Polítco

Antonio Sergio Pires Miletto – Empresário

Arlete Moyses Rodrigues – Geógrafa Unicamp

Artur Machado Scavone – Jornalista

Aytan Sipahi – Médico

Beatriz Barbosa – Jornalista

Benedito Tadeu César – Economista da UFRGS

Breno Altman – Jornalista

Bruno Konder Comparato – Cientista Político da UNIFESP

Candido Grzybowski – Sociólogo, Diretor do IBASE

Carlos Eduardo Fernandez da Silveira – Economia

Carlos Pinkusfeld Bastos – Economia da UFRJ

Carlos Roberto Tiburcio de Oliveira – Militante

Carol Proner – Professora de Direito da UFRJ

Cecilia Boal Thumim – Psicanalista

Celso Amorim – Embaixador

Chico Buarque de Holanda – Artista

Clemente Ganz Lucio – Sociólogo e Professor Universitário

Eder Bomfim Rodrigues – Jurista

Eduardo Fagnani – Professor de Economia da Unicamp

Elton Dias Xavier – Jurista

Eric Nepomuceno – Escritor

Ermínia Terezinha Menon Maricato – Arquitetura da USP

Fábio de Sá e Silva – Universidade de Oklahoma

Fábio Konder Comparato – Professor Emérito do Largo São Francisco

Fernando Gomes Morais – Escritor

Flavio Scavasin – consultor e militante sócioambiental

Flavio Wolf Aguiar – Escritor, Jornalista e Professor  da USP

Francisco Celso Calmon Ferreira da Silva – Jurista

Francisco César Pinto Fonseca – Cientista Político da FGV/SP

Giba Assis Brasil – cineasta e professor

Giorgio Romano – Professor da UFABC

Gisele Cittadino – Professora de Direito da PUC/RJ

Gisele Ricobom – Professora da UNILA e FND/UFR

Hamilton Pereira – Poeta

Helenita Sipahi – Médica

Igor Felippe – Jornalista e Militante político

Ione Gonçalves – Advogada

Jacques Távora Alfonsin – Advogado

Jean François Germain Tible – Professor de

Jessé de Souza – Sociólogo e professor universitário

Jessica Ailanda Dias da Silva – Advogada

João Ricardo Dornelles – Jurista

Joaquim Calheiros Soriano – Militante

Joaquim Ernesto Palhares – Secretário Político do Fórum 21

Jorge Mattoso – Professor aposentado de Economia Unicamp

José Carlos Moreira da Silva Filho – Jurista

José Luiz Del Roio – Militante Político

José Sergio Gabrielli – Economista

Juliana Neuenschwander – Professora da UFRJ

Ladislau Dowbor – Professor de Economia da PUC/SP

Larissa Ramina – Professora de direito da UFPR

Laura Tavares – Professora Universitária

Laurindo Leal Filho – ECA/USP

Léa Maria Reis – Jornalista

Leda Maria Paulani – Professora de Economia da USP

Leneide Duarte-Plon – Escritora e Jornalista

Leonardo Isaac Yarochewsky – Jurista e Professor

Leonardo Boff – Teólogo

Lidiane Soares Rodrigues – Professora de ciências Sociais da UFSCAR

Lincoln Secco – História da USP

Luciano Rollo Duarte – Jurista

Luís Carlos Moro – Jurista

Luiz Fernando Pacheco – Jurista

Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo – Prof. de Economia da Unicamp/Facamp

Magda Barros Biavaschi – Desembargadora aposentada do TRT4

Manoel Cyrillo – Militante Político

Marcelo Cattoni de Oliveira – Professor da UFMG

Marcio Pochmann – Professor de Economia da Unicamp

Marcio Tenenbaum – Jurista

Maria Alice Vieira – Historiadora

Maria da Conceição Tavares – Economista

Maria Inez Nassif – Jornalista

Maria Kopcak Granado – Professora aposentada

Maria Luiza Flores da Cunha Bierrenbach – Advogada

Maria Rita Garcia Loureiro Durand – Cientista Politica da FGV/SP

Maria Victória de Mesquita Benevides Soares – Sociologia da USP

Marilena Chauí – Professora Emérita de Filosofia da USP

Mauro Zilbovicius – Escola Politécnica da USP

Michel Plon, Psicanalista em Paris

Otaviano Augusto Marcondes Helene – Livre-docente em Física da USP

Pablo Gentili – Secretário Executivo  CLACSO

Pablo Schwartz Frydman– USP

Paula Marcelino – Sociologia da USP

Paulo Kliass – Doutor em Economia Universidade de Paris

Pedro Paulo Zahluth Bastos – Professor de Economia da Unicamp

Pedro Rossi – Professor de Economia Unicamp

Prudente José Silveira Mello – Jurista

Reginaldo Carmello Correa de Moraes – Sociologia da Unicamp

Renata Tavares da Costa – Defensora Pública do Rio de Janeiro

Renato Afonso Thelet Gonçalves – Jurista

Renato Balbim – University Of California Irvine

Ricardo Guterman – Socioólogo

Ricardo Lodi – Jurista

Ricardo Musse – Sociologia da USP

Róber Iturriet Avila – Professor de Economia da UFRGS

Roberto A. R. de Aguiar – Jurista

Roberto Saturnino Braga – Presidente do Centro Celso Furtado

Rosa Maria Marques – Professora de Economia da PUC/SP

Rubem Murilo Leão Rêgo – Professor de Ciência Política da Unicamp

Samuel Pinheiro Guimarães – Embaixador

Sebastião Velasco e Cruz – Professor de Ciência Política da Unicamp

Sergio Graziano – Jurista

Silvio Angrisani Caccia Bava – Jornalista

Tânia Maria Saraiva de Oliveira – Advoga

Tatiana Carlotti – Jornalista

Tarso Genro – Ex-Ministro de Lula e ex-Governador do RGSUL

Venício Lima – Professor Emérito da UNB

Vera Soares – pesquisadora feminista e Professora aposentada da USP

Vicente Carlos Y Pla Trevas – Sociólogo

Walquiria de Leão Rêgo – Prof. de Ciência Política da Unicamp

Walter Sorrentino – Direção Nacional do PCdoB

Wanja Carvalho – Advogada

Weida Zacaner – Advogada