24 de novembro de 2024

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Roda Viva sem Bolsonaro, o fascista fujão

O presidenciável Jair Bolsonaro adora se travestir de valentão, mas tem medo-pânico de enfrentar o debate no cara-a-cara. Como ironizou Fernando Haddad em comício em Fortaleza (CE), o fascista é “um soldadinho de araque” que só engana seus fanáticos seguidores. Na prática, ele prefere usar os pacotes de mensagens do WhatsApp – pagos com o Caixa-2 da cloaca empresarial – para espalhar milhões de “fake news”. Nesta segunda-feira (22), por exemplo, ele não participará de mais um programa de entrevistas, desta vez na TV Cultura. E olha que a emissora pública fez de tudo para garantir a sua presença, como relata Maurício Stycer: 

A TV Cultura planejava exibir um ‘Roda Viva’ dividido em duas partes, com uma mesma bancada de jornalistas entrevistando separadamente Jair Bolsonaro e Fernando Haddad por uma hora cada. Mas o candidato do PSL recusou o convite e apenas o petista será entrevistado, por 60 minutos, a partir das 22h30… ‘A produção do programa também convidou Jair Bolsonaro para uma entrevista que seria exibida na sequência, mas o candidato não manifestou interesse em participar’, informa a TV Cultura em nota. O blog apurou que o canal chegou a oferecer a Bolsonaro a possibilidade de gravar a entrevista com ele no Rio, em sua residência, com o mesmo time de jornalistas destacados para a entrevista com Haddad no estúdio da emissora, em São Paulo”. 

Por Altamiro Borges, presidente do Barão de Itararé, em seu blog

No final de julho, quando ainda figurava nas pesquisas atrás do ex-presidente Lula, o fascistoide esteve no Roda Viva e se mostrou totalmente despreparado e desequilibrado. Ele chegou a afirmar que “não houve golpe” militar no Brasil. Na ocasião, o deputado federal Ônyx Lorenzoni (DEM-RS), coordenador-geral da sua campanha, criticou a bancada de entrevistadores, afirmando que o candidato havia sido “submetido a um pelotão de fuzilamento ideológico, sem propósito”. Agora, simplesmente o fujão nem irá ao programa Roda Viva. Entre uma e outra mensagem mentirosa e carregada de ódio nas redes sociais, Jair Bolsonaro talvez até apareça na emissora-amiga do pastor-mercenário Edir Macedo – desde que não seja para um debate com Fernando Haddad. 

Diferentemente da TV Cultura, a Record preferiu cancelar a entrevista previamente agendada com os presidenciáveis na sexta-feira (19). O fascista fujão recuou na última hora. Num comunicado desonesto, a emissora informou que “não houve acordo para que os dois candidatos participassem”. Já o comando da campanha do petista reafirmou que “sempre esteve à disposição” para participar do debate, criticou a covardia do “soldadinho de araque” e questionou a decisão da Record. “Emissoras de TV, que são concessões públicas, têm o dever, diante dos eleitores, de manter os debates programados, mesmo na ausência do candidato que foge do confronto e da verdade”. Mas o “charlatão fundamentalista” que manda na Record não está muito preocupado com a legislação!