28 de setembro de 2024

Search
Close this search box.

Comitê Brasileiro pela Paz na Venezuela repudia ameaça militar dos EUA em meio à pandemia

Formado por mais de 40 entidades, dentre elas o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, o Comitê Brasileiro pela Paz na Venezuela publicou nota sobre as ameaças militares de Donald Trump em pleno período de mobilização mundial para o combate ao coronavírus (Covid-19). Na nota, as organizações brasileiras repudiam a presença militar estadunidense no mar do Caribe e questionam as razões do movimento do governo Trump, que já vem prejudicando gravemente o povo e a paz na Venezuela com suas sanções e bloqueios.

Leita a nota na íntegra:

NOTA EM REPÚDIO ÀS AÇÕES MILITARES NO MAR DO CARIBE

Comitê Brasileiro pela Paz na Venezuela repudia energicamente as declarações feitas por Donald Trump e seus funcionários nesta quarta-feira (1 de abril) de enviar navios e efetivos militares do Comando Sul dos Estados Unidos para o Mar do Caribe, próximo ao território venezuelano. Em meio a sua desastrosa postura frente a pandemia do Covid-19, que já configura uma crise humanitária com mais de 213 mil pessoas infectadas e 4,5 mil mortas só nos Estados Unidos, o governo Trump quer desviar a atenção pública para o deslocamento de tropas e equipamentos militares estadunidenses para uma suposta operação de combate ao narcotráfico e terrorismo no Caribe.

Desesperado e desgastado, Trump segue lançando mão de ações golpistas que promovem a desestabilização de regiões inteiras na tentativa de aumentar a sua popularidade em pleno ano eleitoral nos Estados Unidos. Ao mofado estilo macartista, o imperialismo estadunidense promove perseguições e ataques à soberania e autodeterminação dos povos, violando descaradamente a Carta das Nações Unidas.

Saudamos a manifestação da robusta estrutura do governo venezuelano no combate ao narcotráfico e ao terrorismo em colocar-se a disposição para qualquer cooperação e coordenação necessária para conter o avanço do narcotráfico e do crime organizado na região. Lembramos aqui que a própria vice presidenta da Venezuela, Delcy Rodríguez, denunciou na tribuna das Nações Unidas a localização exata de laboratórios de drogas em território colombiano, identificados graças ao serviço de inteligência bolivariano.

Em vez de promover a cooperação internacional e colocar a vida das pessoas em primeiro lugar, o governo Trump aposta na agressividade supremacista imperialista, promovendo um criminoso bloqueio econômico contra o governo eleito de Nicolás Maduro e o povo venezuelano, mobilizando uma das maiores operações militares dos Estados Unidos na região desde a invasão do Panamá em 1989.

Diante disso, o Comitê Brasileiro pela Paz na Venezuela e as entidades abaixo-assinadas repudiam energicamente as mentiras e calúnias proferidas pelo governo Trump, como também repudiam as ações militares no Mar do Caribe sob a desculpa de combate ao narcotráfico e ao terrorismo. Se querem combater o narcotráfico e o crime organizado, os Estados Unidos deveriam buscar soluções junto ao Estado colombiano, internacionalmente conhecido como o maior produtor de drogas do mundo.

#ForaImperialismo

#ForaTrump

#LasSancionesSonUnCrimen

#ConMaduroMeResteo

#PonerLaVidaAntesQueElCapital

São Paulo, 2 de abril de 2020.

ADESÕES

ORGANIZAÇÕES

  1. ACJM-RJ – Associação Cultural José Marti
  2. AFRONTE – Juventude Sem Medo
  3. CAL – Comitê Anti-imperialista General Abreu e Lima
  4. CCT – Célula Comunista de Trabalhadores
  5. CEBRAPAZ – Centro Brasileiro de Solidariedade Aos Povos e Luta Pela Paz
  6. Centro de Estudos da Mídia Alternativa “Barão de Itararé
  7. CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil
  8. CMP – Central dos Movimentos Populares
  9. Coletivo Comunicação Popular do PT
  10. Coletivo Esquerda da Praça
  11. Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro
  12. Coletivo LGBT Comunista
  13. Coletivo Negro Minervino de Oliveira
  14. Comitê de Solidariedade aos Povos e pelo Socialismo (Ceará)
  15. Comitê Gaúcho em Solidariedade ao Povo Venezuelano
  16. Comitê Internacional Paz, Justiça e Dignidade aos Povos – Capítulo Brasil
  17. CONEN – Coordenação Nacional de Entidades Negras
  18. CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil
  19. CUT – Central Única dos Trabalhadores
  20. Dentistas Pela Democracia
  21. FNL – Frente Nacional de Luta Campo e Cidade
  22. Foro de São Paulo
  23. Levante Popular da Juventude
  24. MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens
  25. MAM – Movimento Pela Soberania Popular na Mineração
  26. Marcha Mundial das Mulheres
  27. MMC – Movimento de Mulheres Camponesas
  28. Movimento Cultural de Olha na Justiça
  29. MPA – Movimento dos Pequenos Agricultores
  30. MST – Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
  31. PCB – Partido Comunista Brasileiro
  32. PCdoB – Partido Comunista do Brasil
  33. PT – Partido dos Trabalhadores
  34. UBM – União Brasileira de Mulheres
  35. UCP – Unión Campesina Panameña
  36. UJC – União da Juventude Comunista
  37. UJS – União da Juventude Socialista
  38. Unidade Classista

INDIVIDUAIS

  1. Acácia C. Reis de Andrade Brito
  2. Ana Carla Oliveira
  3. Carlos Messias Oliveira
  4. Geraldino Fraga
  5. Gilberto Miranda, Rio de Janeiro
  6. Jamil Murad, presidente do CEBRAPAZ
  7. Jeferson Miola, Instituto Idea
  8. João Evangelista Monteiro
  9. Jorge Branco, sociólogo e professor
  10. José Carlos Miranda, dirigente estadual PSOL-SP
  11. José Reinaldo Carvalho, Diretor do CEBRAPAZ
  12. Lúcia Capanema Álvares, professora da UFF
  13. Mariana Nepomuceno, professora (RJ)
  14. Mariliz Nery – Professora
  15. Mario Quiñones, Venezuela
  16. Milton Pinheiro, professor de história política da UNEB
  17. Mônica Valente, Secretária Executiva do Foro de São Paulo
  18. Pedro César Batista – jornalista DF
  19. Raul K. M. Carrion – historiador e presidente da FMG-RS/PCdoB
  20. Rita Buttes – Terapeuta Ocupacional, Funcionária Pública
  21. Sayid Marcos Tenório, escritor, Secretário Geral do Instituto Brasil Palestina IBRASPAL
  22. Socorro Gomes, presidenta do Conselho Mundial da Paz
  23. Tania de Martino Salim
  24. Wilfredo Silva