26 de dezembro de 2024

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Trabalhadores do DF e entorno assinam Projeto de Lei da Mídia Democrática

Mais de 500 pessoas assinaram o projeto de Lei da Mídia Democrática nesta quarta-feira, 5, na Assembleia da Central Única dos Trabalhadores do Distrito Federal (CUT/DF). No encontro deliberativo, a democratização da comunicação foi aprovada como um dos itens da Plataforma de Lutas da Classe Trabalhadora de todo o DF e dos municípios do entorno.

Para Vagner Freitas, presidente da CUT Nacional, a liberdade de expressão para todos, e não somente para alguns, é fundamental para o exercício da democracia no país: “Nós não podemos ter uma mídia a serviço da classe dominante e contra os trabalhadores, fazendo a manipulação de opinião e falando que isso é democracia”, disse, ressaltando que, no Brasil, apenas seis famílias detêm o controle dos meios de comunicação. “Nós não conseguimos expressar nossa opinião. Nem o movimento social, sindical, comunitário, das mulheres. A sociedade não pode falar. A mídia nacional amordaça a sociedade por que ela estabelece parâmetros que ela mesma construiu sem falar conosco”, completou.

A CUT nacional e suas representações locais aderiram à campanha “Para Expressar a Liberdade”. No dia do trabalhador, a entidade realizou uma mobilização nacional para recolher assinaturas para o projeto de Lei. Na internet, a hashtag #querofalartb ficou entre as mais postadas.

No Distrito Federal, a CUT integra o comitê local da campanha, e realizou a divulgação do projeto de Lei na Assembleia. “Ao democratizar a comunicação podemos colocar um ponto de vista que é diferente do ponto de vista da elite. É o ponto de vista da classe trabalhadora, da maioria da população. A democratização vai garantir que a realidade seja mostrada em nosso país”, explicou Rodrigo Britto, presidente da entidade no DF.

O Projeto de Lei da Mídia Democrática – uma proposta de regulamentação dos artigos da Constituição Federal que tratam de Rádio e Televisão no país – e a campanha “Para Expressar a Liberdade” foram apresentados por Gésio Passos, do Coletivo Intervozes e do Comitê da Campanha no DF. Para ele, não existe pluralidade, diversidade de vozes e acesso aos meios de comunicação.

“O projeto de lei de iniciativa popular une o movimento social, do campo e da cidade, para transformar a comunicação brasileira. Queremos uma lei que garanta o direito do trabalhador de falar e ser ouvido, por isso é preciso garantir a liberdade de expressão para todos os trabalhadores e não só para os empresários, donos da mídia brasileira”, completou Passos.

A assembleia reuniu centenas de trabalhadores e militantes dos movimentos sociais e sindicais no centro de Brasília, Setor Bancário Sul. Dentre as pautas aprovadas, estão a luta por reforma agrária, a redução da jornada de trabalho para 40 horas sem redução de salário, o fim do fator previdenciário, a negociação coletiva no setor público e o direcionamento de 10% do PIB para a Educação, entre outros.

Por redação FNDC para a campanha Para Expressar a Liberdade