No dia 13 de junho de 2013, o fotógrafo Sérgio Silva cobria uma manifestação do Movimento Passe Livre, no centro de São Paulo, quando foi atingido por uma bala de borracha disparada pela PM. Ele perdeu a visão do olho esquerdo e desde então usa uma prótese.
Na época, Sérgio fotografava como freelancer para a agência Futura Press. Dois meses após a violência sofrida, ele moveu uma ação pedindo a responsabilização do governo paulista pela agressão (indenização por danos morais, estéticos e materiais e uma pensão mensal, além de ajusta de custo para despesas médicas).
No julgamento em primeira instância, em agosto de 2016, o juiz Olavo Zampol Júnior negou o pedido do fotógrafo e argumentou que a culpa pela agressão era exclusivamente sua. “Ao se colocar o autor entre os manifestantes e a polícia, permanecendo em linha de tiro, para fotografar, colocou-se em situação de risco, assumindo, com isso, as possíveis consequências do que pudesse acontecer.”
O julgamento pelo STF não tem data definida. A expectativa da defesa é de que seja realizado em 2020. Por isso, na próxima terça, vamos a Brasília pedir justiça para Sérgio ao STF.