“É um cenário de incerteza, muitos desdobramentos possíveis, mas o que é certo é que será muito difícil para qualquer candidato, inclusive o vencedor, governar o país efetivamente. É um cenário muito fragmentado”, afirma Vanessa Martina-Silva, jornalista da ComunicaSul, sobre as eleições na Argentina.
Por Sonia Maria e Guilherme Ribeiro | Diálogos do Sul
Ela está no país vizinho para cobrir a disputa e nesta quinta-feira (19) participou de um debate na TV Fórum para falar sobre as expectativas do primeiro turno, que acontece neste domingo (22).
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“Vale a pena destacar que na Argentina há uma politização e uma mobilização muito grande”, explica Martina-Silva. Por isso, apesar do susto nas prévias, em agosto, o progressismo retomou o engajamento para fazer Massa crescer.
Uma das táticas de seu partido, o União Pela Pátria, é conscientizar a população sobre os impactos do voto nulo, pedindo que, caso não gostem de nenhum candidato, que não vá às urnas.
Segundo Martina-Silva, há real possibilidade de que as articulações deem resultado e Massa vença as eleições: “Pode haver um fenômeno, e vai ser muito importante para a esquerda no segundo turno se isso acontecer”, diz.