Guilherme Boulos (PSOL) e Manuela D’Ávila (PCdoB) se somaram a um grupo de ativistas da comunicação e da cultura digital para exigir, em um post-manifesto, que corporações como o Google e o Facebook sejam transparentes em relação ao impulsionamento de posts e na compra de resultados nos mecanismos de busca para o período eleitoral.
Tema quente para o pleito de outubro deste ano, a equação que diz respeito ao patrocínio de conteúdos, permitido pela lei eleitoral brasileira, tende a favorever o poder econômico, na opinião dos signatários do post-manifesto. Por isso, é fundamental que essas informações sejam identificadas e destacadas de forma “vísivel” e “inequívoca”, além de serem enviadas à Justiça Eleitoral.
Leia o documento na íntegra. Conforme destacado ao longo do próprio texto, o post-manifesto não impulsionamento. Portanto, os signatários sugerem a adesão dos internautas através da inclusão de seus nomes na hora de reproduzir e compartilhar o documento.
Post-Manifesto pela Transparência nas Eleições
A lei eleitoral brasileira permite que partidos e candidatos gastem grandes quantias de dinheiro para impulsionar posts e comprar resultados nos mecanismos de busca.
Sabemos que plataformas como o Facebook e o Google possuem algoritmos que controlam a distribuição dos conteúdos que seus usuários criam e tentam compartilhar.
O pagamento de postagens e a redução da distribuição orgânica de conteúdos no Feed de Notícias e a diminuição do alcance de mensagens não pagas privilegia o poder econômico e pode desequilibrar perigosamente as exigências mínimas de equidade nas condições da disputa pelo voto.
Neste sentido, reivindicamos das plataformas que toda postagem impulsionada e todo resultado de buscas patrocinado, além de ser identificado de forma inequívoca e destacada, deve conter de modo visível qual a quantia gasta pelo candidato, partido ou coligação para divulgá-la.
Ressaltamos ainda que essas informações terão que ser enviadas à Justiça Eleitoral. São públicas. Por isso, não há nenhum prejuízo em divulgá-las diretamente ao eleitoras e eleitores.
As pessoas têm o direito de saber quanto está sendo gasto nas eleições. A transparência é uma condição vital e necessária da democracia. A opacidade prejudica o debate justo e legítimo.
Este post-manifesto não é impulsionado. Por isso, pedimos que você copie e cole na sua página. Diga que concorda, assine, publique e peça que suas amigas e amigos façam o mesmo.
Assinam
Altamiro Borges
Áurea Carolina
Bia Barbosa
Beatriz Tibiriçá
Bruno Torturra
Cida Falabella
Douglas Belchior
Fabrício Solagna
Fernando Morais
Flavia Lefreve
Guilherme Boulos
Ivana Bentes
Jandira Feghalli
Jean Wyllys
João Brant
Jonas Valente
Leonardo Sakamoto
Lia Ribeiro
Luciana Santos
Luiz Carlos Azenha
Luis Nassif
Manuela D’Ávila
Márcia Tiburi
Pablo Capilé
Paulo Pimenta
Paulo Teixeira
Pedro Markun
Renata Mielli
Renato Rovai
Sergio Amadeu da Silveira
Sueli Carneiro